domingo, 24 de agosto de 2008

Seleção de vôlei é vice-olímpica em clima de despedida



Por Alberto Alerigi Jr.

PEQUIM (Reuters) - A seleção brasileira de vôlei masculino encerrou um ciclo olímpico de oito anos com a medalha de prata em Pequim e em clima de despedida com saídas já anunciadas de jogadores e incerteza do treinador Bernardinho sobre se continua com o grupo.

O time, que foi seis vezes campeão da Liga Mundial na "era Bernardinho", iniciada em 2001, enfrenta a saída do meio-de-rede Gustavo, que disputou seu último jogo pela seleção na partida contra os Estados Unidos, neste domingo. Além de Gustavo e também do oposto Anderson, o capitão Giba afirmou que fica só até 2010.

"Minha idéia (de ficar na seleção) é até 2010. Tenho que ver a necessidade da minha família, é difícil passar esse mês inteiro longe de casa com a minha filha não falando comigo. Isso pesa bastante quando a gente vai ficando velho", disse Giba, 32 anos, que em breve será pai pela segunda vez.

Na derrota para os Estados Unidos na final em Pequim, por 3 sets a 1, o time avaliou que jogou bem, mas que os norte-americanos foram superiores.

O sentimento da derrota se misturou com o da despedida, com jogadores como Marcelinho e Bruno inconsoláveis ao final da partida em que o Brasil quase conseguiu levar para um tiebreak.

"Chegar numa final não é fácil, vocês acham que a gente tem obrigação de chegar a uma final e não é bem assim. Somos seres humanos e chegar numa final é um grande orgulho para todo mundo. Queríamos o ouro, mas essa prata vale muito", disse Marcelinho, um dos poucos jogadores que teve disposição de falar com a imprensa após a derrota.

André Heller declarou: "Lutamos até o fim e estamos tristes porque perdemos a oportunidade de nossa vida. Não sei se num futuro próximo estaremos todos juntos", disse o meio-de-rede. "A gente cultivou coisas muito boas aqui e isso não vai se apagar com uma derrota", completou o jogador que, ao descrever o que aconteceu no jogo deste domingo, afirmou apenas: "Perdemos de 3 a 1".

"MOMENTO DE CALMA"

Com Bernardinho, a seleção brasileira foi, além dos títulos da Liga Mundial, medalha de ouro nos Jogos de Atenas, bicampeã da Copa do Mundo, bicampeã do Campeonato Mundial e conquistou a Copa dos Campeões em 2005.

Para o treinador, o momento é de reflexão depois de o Brasil ser por tanto tempo referência no vôlei mundial. Bernardinho ainda não definiu se continuará no cargo para o próximo ciclo olímpico porque, segundo ele, é preciso se definir o que será melhor para a seleção brasileira.

"Tenho que analisar o que eu aprendi e o que posso acrescentar para o Brasil mais para frente. Vou ter essa disposição de continuar? É um momento de calma, no momento estou ainda, vou continuar trabalhando. Vamos ver o que é melhor para quatro anos", disse o técnico.

Segundo ele, a saída de alguns jogadores da equipe é um processo natural de renovação e, apesar da ausência de Gustavo, Anderson e Giba, o time poderá continuar contando com outros jogadores que participaram desta Olimpíada.

"Temos perfeitamente para ficar (no grupo): Murilo, Dante, Rodrigão, André Heller, Bruno, Samuel", disse o técnico.

"A minha tristeza é saber que não vou conviver com o Gustavo e alguns jogadores no próximo ano. Mas você segue em frente. Queria que eles tivessem concluído com o ouro", acrescentou.

Na expectativa de Bernardinho, o levantador Bruno, seu filho tem condições de ser um futuro líder do time de vôlei do Brasil.

"Espero como treinador que ele se torne um líder dessa próxima geração porque ele tem personalidade para isso. É um bom jogador e, principalmente, o que ele aprendeu nesses dois anos de seleção vai dar a ele condição de empunhar a bandeira de uma seleção brasileira", disse Bernardinho.

Uol

sábado, 23 de agosto de 2008

Após segundo ouro no vôlei, Zé Roberto diz ser privilegiado

Plantão
BBC

O técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães, conseguiu com o ouro em Pequim o que seu antecessor, Bernardinho, só poderá alcançar se algum dia voltar a dirigir a equipe: ser campeão olímpico com os times masculino e feminino do Brasil.

Zé Roberto era o treinador da seleção masculina em 1992, quando o vôlei brasileiro conquistou o primeiro ouro, em Barcelona.

Bernardinho, atual técnico da equipe masculina, foi campeão olímpico com os homens em Atenas-2004, mas, no comando da equipe feminina, chegou apenas a duas medalhas de bronze - em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

"Eu sou um privilegiado porque Deus me deu essa possibilidade de estar voltando em uma outra Olimpíada, depois do acontecido em Atenas, e a gente ter ganhado", disse Zé Roberto neste sábado, após a conquista em Pequim.

O "acontecido em Atenas" foi a derrota da seleção feminina, na semifinal, para a Rússia, depois de a equipe ter perdido diversas chances de vencer a partida.

"Essa coisa de ter sido campeão no masculino e no feminino era o meu desafio, depois do sofrimento de Atenas, de tudo aquilo que a gente passou", acrescentou o treinador.

Amarelo ouro

Depois da derrota em Atenas, Zé Roberto permaneceu no comando da seleção feminina, mas sofreu muitas críticas - assim como algumas das principais jogadoras que estavam na equipe em 2004 e, agora, foram campeãs em Pequim.

"Eu queria ganhar mais por elas do que por mim", afirmou o bicampeão olímpico. "A gente passou por um período muito complicado, muito difícil durante esse quatro anos, apesar de ser uma seleção vitoriosa."

Nas contas de Zé Roberto, a equipe feminina dirigida por ele venceu mais de 90% das partidas que disputou. Mas, até a conquista deste sábado, a seleção era assombrada por três derrotas: na Olimpíada de Atenas, em 2004, na final do Mundial de Osaka, em 2006, e na decisão dos Jogos Pan-Americanos, no ano passado.

O treinador admite que parte das críticas que a seleção recebeu foram "justas", mas reagiu com ironia às insinuações de que a equipe havia "amarelado" nas decisões que perdeu.

"A cor da nossa medalha é amarelo, mas é amarelo ouro, isso é que é importante", brincou Zé Roberto.

Quatro anos atrás, depois do jogo contra a Rússia, Zé Roberto manifestava decepção por a final olímpica não ter chegado para o Brasil por um ponto.

Na ocasião, o treinador disse que "um dia a bola cairia". Em Pequim, tomado pela empolgação da medalha de ouro, Zé Roberto sentenciou: "Ela caiu, caiu aqui."

"A emoção foi enorme", afirmou o técnico, ao descrever o momento da vitória. "A única coisa que eu fiz foi ajoelhar e agradecer, que era a única coisa que eu precisava fazer."

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

© British Broadcasting Corporation 2006. Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem a autorização por escrito da BBC BRASIL.

Mari: "Agora vão ter que nos aplaudir. E de pé"



Marcelo Belpiede, enviado especial

AFP
imagem
Após fracasso em Atenas, Mari comemora reação, título inédito e aniversário
Pequim (China) - Se tem alguém para quem o título olímpico da seleção brasileira feminina de vôlei é especial, essa pessoa é Mari. Fazendo 25 anos neste sábado, a atleta passou o último ciclo olímpico sendo bastante criticada por ter perdido dois dos cinco match points desperdiçados pelo Brasil no fatídico quarto set da semifinal de Atenas contra a Rússia, quando o time nacional tomou uma virada inacreditável.

Apesar do trauma, Mari jamais se negou a falar no tema. Inclusive, no desembaque da competição grega, inclusive, ela foi a primeira a aparecer no saguão do aeroporto de Cumbica e em nhnum momento fez menção de fugir dos jornalistas. Agora, a atleta finalmente pôde desabafar.

Responsável pelo ataque que mandou a bola para o lado dos Estados Unidos e culminou em um erro de Logan Tom e o encerramento da final olímpica, Mari primeiro fez sinal de "cala a boca" para as câmeras. "Agora, vão ter que nos aplaudir. E de pé", afirmou a atleta, mostrando a sua medalha de ouro. "Está aqui a prova de que nós poderíamos chegar lá", emendou.

"Não foi fácil, passamos por muita coisa nestes últimos quatro anos e tivemos muitos motivos para desistir. Mas quem fracassa é quem não trabalha", afirmou a aniversariante. "Ganhar esse presente no dia no meu aniversário foi coisa de Deus", emendou.

Mari deixou claro, porém, que sempre seguiu forte o seu trabalho mesmo com as críticas pelos ataques desperdiçados em Atenas-2004. "Minha vida não é feita apenas de uma bola. Durante o ano todo, tenho que atacar milhares de bolas da melhor maneira possível. Não me apeguei naquele erro", comparou.

Na decisão olímpica deste sábado, Mari se viu novamente em uma prova de foga, já que era o grande alvo dos saques das adversárias. Mesmo oscilando no passe, a jogadora comemorou o sucesso na difícil missão de passadora. "Cada equipe tem a sua tática e tenho que pensar em fazer o melhor trabalho possível. Durante o jogo, consegui defender, atacar, contra-atacar. A gente estava preparada", alertou.

Líbero da equipe, Fabi contou que fez o gesto de "cala a boca" mais por Mari do que por todas as críticas sofridas pelo time. "Ela precisava disso, pois são quatro anos que fica vivendo aquela última bola, sendo que fez mais de 30 pontos em uma semifinal olímpica", lembra a atleta, se referindo ao jogo contra as russas, na qual não estava na seleção.

"Eu sei o que a Mari sofreu, apesar de ser muito calada e tímida. Ela não poderia ficar marcada por aquele jogo", encerrou.

Bronze, Natália prevê mais medalhas femininas em 2012


AFP
imagem
Após conquista inédita, Natália faz previsões otimistas para as próximas Olimpíadas
Pequim (China) - Das três medalhas de ouro que o Brasil conquistou até agora nos Jogos Olímpicos de Pequim, duas foram obtidas por mulheres: no vôlei feminino, na manhã deste sábado, e no salto em distância com Maurren Maggi, na sexta. Motivo de sobra para outra representante feminina no pódio de Pequim, a taekwondista Natália Falavigna (bronze na categoria acima de 67 kg), acreditar que dentro de quatro anos as conquistas podem ser ainda mais significativas.

“De um tempo para cá as mulheres começaram a dividir o pódio com os homens e a receber mais apoio”, lembrou Falavigna, que obteve a primeira medalha olímpica do taekwondo para o Brasil na história das Olimpíadas – 12 anos depois de Jacqueline Silva e Sandra Pires conseguirem o primeiro ouro das mulheres, no vôlei de praia nos Jogos de Atlanta-1996.

“Para as próximas Olimpíadas, acredito que teremos ainda mais medalhas”, prosseguiu a atleta, que em 2004 havia chegado às semifinais da mesma categoria mesmo com um osso do pé esquerdo fraturado. Desta vez, Natália Falavigna voltou a cair nas semis após a decisão dos árbitros, mas venceu na repescagem do bronze a sueca Karolina Kedzierska.

No geral, em Pequim-2008 as mulheres foram responsáveis por seis das 14 medalhas brasileiras conquistadas até agora. Além do ouro de Maurren e do vôlei e do bronze de Falavigna, também subiram ao pódio o futebol com a prata; a judoca Ketleyn Quadros e as velejadoras Fernada Oliveira/Isabel Swan, com o bronze na classe 470.

"Acordei, vi a medalha ao meu lado e chorei", diz Maurren Maggi

da Folha Online

Depois de ter conseguido dormir muito pouco após a conquista da medalha de ouro no salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim, Maurren Maggi revelou que chorou ao acordar e ver a medalha neste sábado.

Com a conquista, a atleta de 32 anos tornou-se a primeira brasileira a conquistar um ouro individual na história olímpica.

"Dormi uma hora e meia, mas, quando acordei, vi a medalha ao meu lado e chorei", relatou a saltadora, que voltou a falar em disputar a Olimpíada de 2012, em Londres.

"Não sei se estarei na minha melhor forma, mas batalharei para estar em Londres", afirmou Maurren, que conquistou a segunda medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos --o primeiro veio com o nadador César Cielo na prova dos 50 m livre.

Depois de ser flagrada em exame antidoping e suspensa das competições em 2003, a Maurren admitiu que voltou ao atletismo incerta sobre suas condições.

Em 2003, Maurren vivia o melhor momento da carreira e chegava ao Pan de Santo Domingo como favorita, mas um antidoping positivo para o esteróide anabólico clostebol alterou seus planos.

Na época, a saltadora alegou que foi contaminada por um creme para cicatrização que foi utilizado durante uma sessão de depilação, mas acabou suspensa por dois anos. A atleta só retornou às pistas em 2006.

"Nem eu mesma estou acreditando no que aconteceu. Eu voltei para o atletismo sem saber se teria capacidade de atingir seis metros", comentou a atleta, que levou o ouro com um salto de 7,04 m.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Scheidt e Bruno Prada levam prata na vela, em Qingdao


Brasil comemora medalha de prata na vela

Fernanda Mathias
Getty Images

Os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada levaram a medalha de prata na disputa da classe Star de vela, dos Jogos Olímpicos de Pequim, cujas provas ocorrem na cidade de Qingdao.

A medalha de ouro ficou com os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson e o bronze com os suecos Fredrik Loof e Anders Ekstrom.

Esta é a quarta medalha olímpica na carreira de Robert Scheidt, que se tivesse ganhado ouro seria o primeiro tricampeão olímpico brasileiro. (Com informações do Terra Esportes)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Depois de ouro olímpico, Cielo é recebido com festa em São Paulo

Reuters/Brasil Online

Por Pedro Belo

SÃO PAULO (Reuters) - O nadador brasileiro César Cielo foi recebido com festa em São Paulo nesta terça-feira. Após uma coletiva de imprensa no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, Cielo protagonizou uma carreata pelas ruas da cidade até seu antigo clube, o Pinheiros, na zona oeste da capital.

Cielo, vencedor do ouro nos 50 metros livre e do bronze nos 100 metros livre na Olimpíada de Pequim, chegou à São Paulo na manhã de terça-feira depois de mais de 20 horas de viagem, e depois de um percurso em carro aberto pelas ruas da cidade, foi saudado por uma multidão composta principalmente por crianças no clube Pinheiros. A recepção também contou com a presença da família de Cielo, e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

"É muito bom. É sem dúvida o melhor momento da minha vida. O dia da final foi o dia mais feliz da minha carreira (...) É muito bom parar pra pensar e ver que o resultado foi um ouro olímpico, é a melhor sensação que um atleta pode sentir", disse Cielo a jornalistas.

O atleta afirmou que não tem nenhuma meta para o ano, e que o principal objetivo no momento é relaxar.

"O que eu sei que vou fazer agora é ficar em casa, vou descansar bastante. É hora de dar um tempo para a cabeça, porque é um stress bem grande, uma dedicação muito longa. Agora é hora de comer o que eu não podia comer, de dormir tarde, e sem esquentar a cabeça."

O nadador disse que após o período de descanso passará a mirar a quebra do recorde mundial dos 50 metros livres. O tempo de 21s30 que deu o ouro ao brasileiro em Pequim está a apenas dois centésimos de segundo da atual marca mundial da prova.

"Acho que nada é impossível, se você se dedica e trabalha duro eu acho que o sucesso e o bom resultado são consequências, dois centésimos é bem pouquinho. Em uma final olímpica, é muito nervosismo, então seria muito difícil bater o recorde ali", disse Cielo que conquistou o ouro.

Também presente ao evento, o ex-nadador e medalhista olímpico Fernando Scherer, o Xuxa, classificou Cielo como o melhor nadador brasileiro de todos os tempos. "Quando me perguntam se o César é o maior nadador brasileiro da história eu digo que não. O maior é o Gustavo Borges, que tem 2,03m. O César é o melhor nadador brasileiro da história", afirmou.

César Cielo dedica medalha ao avô e aos seus pais

Nadador brasileiro ficou sabendo só agora da morte do avô e disse que ele está feliz 'seja onde estiver'

Redação - estadao.com.br

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Brasil alcança sua sexta medalha nos Jogos

A TARDE On Line

O Brasil alcançou sua sexta medalha nos Jogos Olímpicos de Pequim, após a conquista do bronze pelas velejadoras Isabel Swan e Fernanda Oliveira na classe 470 da vela.

Com a conquista, o país passa a ocupar a 38ª posição no quadro de medalhas com 1 ouro e 5 bronzes.

Em primeiro lugar no quadro está a China com 39 ouros, 14 pratas e 14 bronzes. Já a delegação dos Estados Unidos, ocupa a segunda posição da relação.

Brasil vence regata final da 470 e garante quinto bronze




foto: AFP

Fernanda e Isabel brilham nas águas de Qingdao

Publicidade

A dupla Fernanda Oliveira e Isabel Swan conquistou um feito inédito para o esporte brasileiro. Nesta segunda-feira, em Qingdao, elas asseguraram a primeira medalha olímpica feminina na vela ao vencerem a regata final da classe 470. O resultado manteve o conjunto em terceiro na classificação geral e garantiu o bronze.

Bronze comemorado como ouro. Não só porque elas chegaram às Olimpíadas de Pequim fora da lista das favoritas, mas muito pelos quatro anos de intenso treinamento para que o desempenho nos Jogos fosse relevante. E tudo isso foi coroado em grande estilo com essa vitória inédita da vela. A vibração delas ficou bem simbolizada quando elas viraram o barco e caíram na água.


A timoneira Fernanda e a proeira Isabel tiveram uma trajetória de certa maneira surpreendente na disputa da classe 470. Até a quinta regata, de um total de 11 (incluindo a Medal Race), elas não tinham passada das dez primeiras colocações.

Conseguiram avançar um pouco ao final da sexta prova, quando assumiram a nona posição no geral. Após isso, a ascensão foi impressionante. A dupla brasileira chegou em quinto na sétima prova, em quarto na oitava e também na nona, para então assumir a terceira colocação depois da décima regata.

Embora tivessem chegado à regata da medalha em situação mais cômoda, Fernanda e Isabel estavam muito concentradas em não vacilar na última prova. E o foco na competição foi tanto que elas deixaram todas as adversárias para trás e venceram a 11ª disputa. Fato que manteve o conjunto brasileiro na terceira colocação.

À frente das brasileiras só ficaram as australianas Elise Rechichi e Tessa Parkinson, donas do ouro, e as holandesas Marcelien de Koning/Lobke Berkhout, que ficaram com a prata.

Vela volta ao topo da lista dos esportes mais gloriosos

Com a medalha conquistada nas águas de Qingdao, a vela brasileira empata com o judô e soma 15 na história das Olimpíadas. Antes do início dos Jogos de Pequim, a modalidade era líder isolada, mas foi superada pelo pessoal do tatame após os bronzes de Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Ketleyn Quadros.

Ainda nesta edição das Olimpíadas existe a possibilidade de a vela verde-amarela voltar a ser o esporte mais vitorioso do Brasil nos Jogos. E as principais esperanças são Robert Scheidt/Bruno Prada, na classe Star, e Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X. A dupla, no entanto, tem oscilado bastante na sua categoria.

Globo Esporte

Bronze de brasileira na vela vai parar em peito de noivo na igreja

da Folha Online

A brasileira Fernanda Oliveira, que conquistou a medalha de bronze na classe 470 feminina da vela dos Jogos Olímpicos de Pequim, nesta segunda-feira, ao lado de sua parceira Isabel Swan, afirmou após a regata decisiva que vai cobrar seu noivo, Diogo, por uma promessa feita antes da competição. Os dois se casam em novembro.

"Ele tinha feito um acordo comigo. Se eu ganhasse uma medalha nos Jogos Olímpicos, ele entraria na igreja com ela no peito. Fiz minha parte. Eu estaria linda, de vestido. Ele, não sei como vai fazer", disse Fernanda ao site do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

"Vou entrar com a medalha mesmo", afirmou Diogo, que estava no Centro Olímpico de Vela de Qingdao acompanhando a prova juntamente com o pai da atleta, Arles de Oliveira, a mãe, Suzana, e as irmãs.

Isabel e Fernanda conquistaram a medalha de bronze após vencerem a medal race (regata final) da classe 470. Assim, terminaram com 60 pontos perdidos, contra 43 das australianas Elise Rechichi e Tessa Parkinson, que levaram o ouro. A prata ficou com as holandesas Marcelien de Koning e Lobke Berkhout, que tiveram 53 pontos perdidos.

"Foi uma regata emocionante, muito rápida. Era meia hora para darmos tudo que tínhamos. Partimos sem medo. Parece ouro para mim, porque trabalhamos demais. São três anos treinando juntas", contou Isabel na saída da água.

"Senti [que tinha conquistado a medalha] no segundo contravento, quando ficamos bem próximas do barco de Israel e tínhamos uma boa distância das italianas", relatou Fernanda.

Com o resultado na classe 470, a vela se igualou ao judô como a modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil na história olímpica (15). Em Pequim, o país conqusitou três bronzes no judô, com Ketleyn Quadros, Leandro Guilheiro e Tiago Camilo.

sábado, 16 de agosto de 2008

Além de ouro e bronze, natação faz 6 finais e supera meta

Reuters

A natação brasileira encerrou sua participação em Pequim com salto positivo das medalhas de bronze e da inédita de ouro obtidas por César Cielo nos 100 e 50 metros livre, e ainda estabeleceu um novo número de finais e quebras de recordes sul-americanos.

Enquanto em 2004, em Atenas, o Brasil chegou a cinco finais, sem conquistar nenhum medalha, agora em Pequim foram seis decisões. Já em números de recordes, foram 15 sul-americanos e três olímpicos na China, estes últimos batidos por Cielo no caminho até o ouro nos 50m livre.

Em Atenas, o saldo foi de cinco sul-americanos e nenhum olímpico, disse neste sábado o diretor técnico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, definindo os Jogos de Pequim como "os mais fortes de todos os tempos" para a natação mundial.

"O objetivo que tínhamos era alcançar o máximo de finais que a gente já tinha alcançado em 1996 e 2004, que foram cinco. Então o desempenho da natação superou nossas expectativas, porque teve o ouro, algo que nós conhecíamos a dificuldade de se conseguir", disse o dirigente.

Segundo ele, foi a primeira vez que as provas de natação foram definidas em três dias, algo que gera muito desgaste físico e psicológico nos atletas. "Medalha de ouro coroa um trabalho de 20 anos, algum momento tinha que acontecer e graças a Deus aconteceu nos Jogos Olímpicos mais fortes de todos os tempos".

Para o chefe da delegação brasileira em Pequim, Marcus Vinícius Freire, o resultado dos nadadores do país é "100 por cento positivo".

"Foi a primeira medalha de ouro sul-americana desses Jogos. A delegação, no geral, bateu vários recordes sul-americanos e pessoais", disse Freire. Ele ressaltou que o desempenho também foi conseguido em meio a uma mudança de equipe que aconteceu muito rapidamente, com quase uma renovação completa desde a Olimpíada de Atenas.

A equipe de natação agora já está de olho nos Jogos de Londres, em 2012a. "O foco para 2012 começa agora. Quem quiser estar em 2012, com resultado, tem que estar pensando em 2012 agora", afirmou Moura.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Judô iguala vela e é primeiro esporte em medalhas olímpicas

Pequim (China) - Com as duas medalhas de bronze conquistadas nesta manhã nos Jogos Olímpicos de Pequim, o judô igualou a vela e compartilha a condição de primeiro esporte em número de medalhas pelo país. No total são 14 para cada modalidade, mas a vela leva vantagem pela qualidade das conquistas: 6 ouros, 2 pratas e 6 bronzes. No judô são 2 ouros, 3 pratas e 9 bronzes. O atletismo ocupa a vice-liderança com 13 medalhas em Olimpíadas.

Nos Jogos da China, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tem uma meta ousada: bater o recorde no número de medalhas e na qualidade das mesmas em seu histórico. Para isto, o objetivo é voltar ao país com um pódio inédito do feminino (que já foi conquistado pela leve Ketleyn Quadros), mais de três medalhas (número conquistado em Los Angeles-84), sendo pelo menos uma de ouro.

O primeiro pódio olímpico do judô foi obtido em Munique-72 com Chiaki Ishii conquistando o bronze na categoria meio-pesado. Os dois ouros vieram com o meio-pesado Aurélio Miguel, em Seul-88, e o meio-leve Rogério Sampaio, em Barcelona-92.

Nesta segunda-feira, o judô tenta aumentar a lista com os meio-médios Tiago Camilo e Danieli Yuri. Camilo é o atual campeão do mundo e foi eleito o melhor atleta do Mundial de 2007, no Rio de Janeiro.

Gazeta